Como saber se o carro usado já enfrentou enchente

Enchentes, inundações e alagamentos são comuns no verão brasileiro e afetam diversas cidades. A falta de estrutura para escoamento da água faz com que esses fenômenos da natureza se tornem uma catástrofe para alguns. Sempre que há enchentes, veículos são arrastados ou ficam submersos.

A água e a sujeira danificam seriamente o carro, deixando “cicatrizes”, mesmo após os mais cuidadosos reparos. Por isso, na hora de comprar um modelo seminovo ou usado, é muito importante ficar atento a alguns sinais que indicam se o carro já enfrentou enchentes, alagamentos ou inundações.

Em casos em que a água atingiu somente o assoalho, deve ser feita a higienização completa da cabine. Isso porque, o carro certamente terá sido invadido por água potencialmente contaminada. Conforme o assoalho for secando, o vapor que sobe contamina todo o veículo, do tecido dos bancos à forração do teto.

Assim, na hora de avaliar o seu possível futuro carro, o primeiro passo é verificar se há qualquer umidade ou sujeira no seu interior. Mesmo após um banho de loja e uso de sachês perfumados, o automóvel que passou por enchente continua com cheiro de mofo. Além disso, lama e pequenas manchas de terra podem ficar debaixo dos tapetes ou entre eles e o assoalho.

Agora, se desconfiar que o carro ficou submerso ou com água até o painel, redobre a atenção. Manchas significativas ou diferenças de cor entre as seções inferior e superior do estofamento dos bancos podem ser indícios de que a água invadiu todo o veículo.

Os assentos são feitos de espuma e absorvem, facilmente, grande quantidade de água. Portanto, pressione os bancos do carro, certificando-se de que eles não têm água. Se tiver,  é provável que seja danificado por enchente.

Ferrugem e mofo também são bons indicadores de que o carro foi inundado. No caso do mofo, é formado em quase todas as áreas da cabine, especialmente nas laterais e bancos. Com relação à ferrugem, verifique as borrachas de vedação das portas, o interior do porta-luvas, o painel de instrumentos, embaixo dos bancos, as ferramentas e as peças metálicas (parafusos e dobradiças).

Danos mecânicos e elétricos
A parte do carro que mais sofre depois de ter sido submersa é a elétrica. Muitos componentes após a secagem voltam a funcionar normalmente. Entretanto, depois de algum tempo, a umidade provoca corrosão, que gera problemas elétricos muito difíceis de solucionar.

Por isso, verifique se todos os equipamentos de advertência, como luzes e medidores, estão funcionando corretamente. Avalie os componentes elétricos e eletrônicos, os limpadores de para-brisas, piscas, isqueiro, rádio, aquecedor, ar-condicionado e demais componentes, para se certificar de que estão em ordem.

Abra o capô, confira os cabos da bateria, e qualquer outro terminal que você consiga ver. Remova alguns e procure por corrosões e descolorações. Além dessas checagens essenciais, é preciso fazer uma análise criteriosa, verificando se entrou água no motor.  Se o óleo estiver  esbranquiçado, com certeza!  E se o motor foi atingido, a caixa de marchas também pode ter sido prejudicada.

Por fim, cheque os sistemas de airbag, ABS e injeção eletrônica. Sujeira no radiador e motor que demora a pegar podem ser sinais de inundação. Se encontrar alguma dessas marcas, leve a um mecânico de confiança, antes de fechar o negócio.

Para mais segurança, a dica é comprar em concessionárias ou portais que ofereçam carros seminovos ou usados certificados. Ou seja, antes de serem colocados à venda, passam por rigorosa inspeção.

O Portal de Seminovos Toyota trabalha com usados e seminovos da marca, Lexus e multimarcas. Os modelos Toyota, com oito anos de uso ou 100 mil quilômetros rodados, que fazem parte do Programa Seminovos Certificados Toyota, são inspecionados e certificados, garantindo mais confiança na hora da compra.