Revisões de fábrica garantem menos gasto com manutenção e valorizam a revenda
A revisão de fábrica é uma bateria de exames que diagnosticam a saúde do carro. Neste momento, serão observados o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas do veículo, sejam mecânicos ou elétricos.
As férias de julho estão chegando e organizar uma viagem de carro é sempre uma boa opção. Para garantir que o passeio seja seguro e confortável, antes de colocar o pé na estrada, é importante verificar as condições do veículo e garantir que as revisões de fábrica estejam em dia.
A revisão de fábrica é uma bateria de exames que diagnosticam a saúde do carro. Neste momento, serão observados o estado de conservação e funcionamento de todos os componentes e sistemas do veículo, sejam mecânicos ou elétricos.
A prática mais popular entre montadoras é respeitar o seguinte parâmetro: revisar a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros rodados. O prazo cai pela metade nos casos de automóveis com uso mais severo, como os que rodam constantemente em trânsito lento. No Manual do Proprietário estão indicados os intervalos para as visitas às concessionárias. Modelos mais modernos ou com manuais digitais, inclusive, avisam no computador de bordo ou no sistema multimídia que o prazo para a revisão está próximo.
Para veículos que já saíram da garantia, recomenda-se manter o intervalo de 10 mil km nas manutenções. Para automóveis com mais de cinco anos de uso, o ideal é reduzir os prazos para a cada 5 mil km ou 7 mil km.
São inúmeras as vantagens de manter as revisões em dia. Como a revisão do veículo segue um plano desenvolvido pela própria montadora, as manutenções são realizadas de forma preventiva. Assim, evita-se uma manutenção corretiva, já que, em caso de sinais de desgaste de uma peça além do esperado, há a orientação para a sua troca. Dessa forma, fazer a manutenção antes que os problemas apareçam é fundamental para a sua segurança e para o melhor desempenho do veículo.
Além de prevenir o desgaste excessivo do veículo, a revisão programada, como diz o nome, já consegue prever quanto será o investimento para realizar os serviços. O que permite uma programação financeira antecipada para cuidar do seu carro.
Por que a revisão deve ser realizada na concessionária?
A revisão realizada na concessionária engloba critérios de análise definidos pela própria montadora. Há um plano de manutenção periódico, que indica os itens que devem ser trocados obrigatoriamente e outros que devem ser verificados, mas trocados, apenas, se for necessário.
Assim, a revisão na concessionária permite que o veículo opere o mais próximo possível das condições em que saiu da fábrica, além de utilizar somente peças genuínas. Por outro lado, se a revisão for realizada fora da concessionária, não é possível comprovar que os itens definidos no plano de manutenção foram realmente conferidos e trocados.
Isso tudo permite que o carro não perca a garantia da fábrica. Normalmente, as montadoras oferecem de três a cinco anos de garantia, mas ele está condicionado à revisão feita na concessionária, seguindo o cronograma indicado no manual do proprietário.
Obedecendo os períodos previstos para manutenção, definidos pela quilometragem rodada ou data de fabricação, o manual do seu veículo também receberá carimbos de certificação, tornando-o mais valorizado no momento da revenda.
Outra razão que deve levar você a pensar no assunto é que os mecânicos que trabalham na concessionária são treinados para atender às especificidades do modelo do seu carro e usarão apenas peças originais na troca.
Revisão dos 10 mil Km
Os 10.000 km marcam a chegada da primeira parada de manutenção programada de um veículo, que é praticamente novo nesta primeira revisão. Por isso, é feita apenas a troca de óleo do motor e filtros.
Além disso, acontece a verificação do funcionamento de equipamentos, como o sistema de som e ar-condicionado, e a vistoria geral do veículo, com reaperto nos parafusos da suspensão e regulagem do freio de estacionamento. É executado, ainda, o controle de nível dos fluídos, como o líquido de arrefecimento, do reservatório do limpador e da direção hidráulica.
Revisão dos 20 mil Km
Depois dos 20.000 km rodados, o carro começa a precisar de mais cuidados. Afinal, as peças vão se desgastando com o uso e a vida útil de alguns componentes começa a se aproximar do fim.
Os itens a serem verificados em cada revisão podem variar de acordo com o fabricante e o modelo do carro. Porém, de modo geral, estão incluídos na revisão de 20.000 km:
- Troca das velas de ignição;
- Troca do óleo do motor;
- Alinhamento e balanceamento;
- Substituição dos fluidos de freio;
- Revisão nos discos de freio;
- Cristalização da pintura.
A revisão dos 30 mil km acontece de forma similar à dos 20 mil km, já que a quilometragem do carro ainda está relativamente baixa.
Revisão dos 40 mil Km
A revisão de 40.000 km é um pouco diferente das revisões de 20 mil km e 30 mil km. Além dos itens que precisam ser verificados a cada 10.000 km, nessa quilometragem alguns sistemas específicos do carro começam a precisar de atenção especial.
A revisão de 40.000 km é mais completa que as anteriores e inclui:
- Revisão do sistema de ventilação do cárter;
- Verificação do nível de óleo da caixa de marcha;
- Revisão das lonas e tambores de freio;
- Troca de óleo e filtros do motor, do combustível e de ar;
- Verificação dos amortecedores.
Quando o veículo chega aos 40 mil km, um ponto importante é que tenha passado por, no mínimo, outras duas revisões anteriores. Caso tenha acontecido, esta manutenção preventiva será bem mais simples. Por outro lado, caso as revisões anteriores tenham sido negligenciadas, o carro terá que passar por uma avaliação mais completa, observando também os itens ligados às vistorias passadas.
Outras revisões
Na revisão de 50 mil km, são checados itens como otimização da central eletrônica, limpeza do corpo de borboleta, limpeza do sistema de alimentação de combustível, geometria computadorizada 3D, balanceamento e higienização do ar-condicionado com filtro e cristalização de para-brisa.
Já na revisão dos 60 mil km, é importante ter como prioridade a análise das correias, da embreagem e dos limpadores de para-brisa.
A revisão dos 70 mil km é uma manutenção preventiva mais tranquila, em que são feitas todas as análises e trocas realizadas na manutenção de 10 mil km. Sendo assim, ocorre a troca do óleo do motor, filtros de combustível e de óleo do motor. Além disso, ainda é importante fazer o balanceamento e rodízio de pneus.
Nas revisões de 80 mil km e 90 mil km, é importante dar ênfase para, respectivamente, os itens da suspensão e a lubrificação das canaletas e dobradiças.
Revisão dos 100 mil km
Segundo o Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), o plano de manutenção recomendado para um veículo que atinge os 100.000 quilómetros rodados é o seguinte:
Motor
- Verificação de vazamentos no motor e na transmissão;
- Verificação das correias;
- Verificação do estado de conservação do motor;
- Regulagem das válvulas;
- Troca de óleo e filtros;
- Substituição do líquido de arrefecimento do motor;
- Regulagem do pedal de embreagem;
- Verificação do estado de conservação dos coxins de apoio do motor e transmissão.
Suspensão
- Verificação do desgaste dos pneus;
- Verificação dos amortecedores;
- Regulagem da suspensão;
- Balanceamento e alinhamento.
Alimentação
- Verificação do estado de conservação do sistema;
- Verificação de possíveis falhas elétricas.
Ignição
- Substituição das velas de ignição;
- Verificação do estado de conservação dos componentes do sistema.
Elétrica
- Verificação da iluminação externa e interna;
- Verificação do sistema de partida;
- Troca dos limpadores de para-brisa e checagem do funcionamento.
- Checagem das pastilhas, discos, lonas, tambores, pinças de freio e cilindros de roda;
- Substituição do fluido de freio;
- Regulagem do freio de mão.
Teste de rodagem
- Avaliação do desempenho geral do veículo e do funcionamento dos sistemas.
Na hora de vender
Além de manter o carro em ordem e seguro e economizar com manutenção corretiva, fazer todas as revisões recomendadas pelo fabricante, guardando os devidos comprovantes, valoriza na hora da venda. Afinal, é mais uma garantia para o comprador.
Na hora de comprar
Quando for comprar um veículo usado ou seminovo, não existe uma regra. A recomendação geral é para veículos entre 10 mil km e 60 mil km rodados. Em média, são veículos com até cinco anos de uso, o suficiente para não sofrer com manutenção frequente e ainda não perder muito dinheiro na revenda. Mas fique atento se foram feitas as revisões de fábrica.
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