Balanço trimestral: automóveis e comerciais leves
Entre janeiro e março, o mercado de carros seminovos e usados registrou 2.465.109 transações, entre automóveis e comerciais leves, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). O volume é 7,4% superior aos resultados de
Entre janeiro e março, o mercado de carros seminovos e usados registrou 2.465.109 transações, entre automóveis e comerciais leves, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). O volume é 7,4% superior aos resultados de igual período de 2022.
No comparativo mês a mês, em março, foram 953.882 trocas de titularidade, crescimento de 31,28% sobre fevereiro e de 10,93%, ante março de 2022. “No trimestre, as transações acumuladas de usados atingiram níveis pré-pandemia, o que mostra que o mercado vem consumindo mais carros usados, em função do endividamento das famílias, taxas de juros elevadas e restrição de crédito para a aquisição de veículos novos”, analisa Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
O mercado de zero-quilômetro está mais lento, apesar do incremento nas vendas. No primeiro trimestre, foram emplacados 436.940 automóveis e comerciais leves, 16,4% a mais do que no mesmo período de 2022. “O crescimento poderia indicar sinais de recuperação, mas, na verdade, a base de 2022 é muito baixa, já que faltavam carros nas concessionárias. Em relação aos volumes de antes da pandemia, a defasagem é superior a 20%", explica Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
E quando o assunto é produção, foram oito paralisações de fábrica e dois cancelamentos de turno no primeiro trimestre, algo semelhante às paradas verificadas no início de 2022. “A diferença é que, no ano passado, o motivo era somente a falta de componentes, enquanto, agora, já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda”, fala o dirigente da Anfavea.
De volta ao mercado de seminovos e usados, Enilson Sales, presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores), está otimista com relação a 2023. “Nossa expectativa é chegar ao patamar de vendas próximo aos 15 milhões registrados em 2021, alta de 25,2% sobre as transações de 2022.”
Eletrificados
Um segmento que só registra bons números é o de eletrificados. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), foram emplacados 5.989 veículos leves eletrificados em março, crescimento de 55,5% sobre igual mês 2022. No acumulado janeiro-março, são 14.787 unidades vendidas, crescimento de 50% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
O total da frota de eletrificados leves em circulação no Brasil, desde o início da série histórica da entidade, em 2012, chegou a 141.291 unidades em março. Os eletrificados leves incluem os veículos elétricos híbridos plug-in (BEV e PHEV) e os não plug-in (HEV), somando automóveis, comerciais leves, utilitários e SUVs.
Híbridos Flex
Os veículos elétricos híbridos não plug-in (HEV), especialmente os modelos flex movidos a etanol, seguem puxando os bons números do mercado nacional da eletromobilidade. Dos 5.989 emplacados em março, 3.230 (53,9%) foram HEV, sendo 2.272 híbridos a etanol e 958 híbridos a gasolina.
TOP 10 modelos eletrificados leves mais vendidos em março
Toyota Corolla Cross (HEV) |
1.184 |
Toyota Corolla Altis (HEV) |
583 |
Volvo XC60 (PHEV) |
504 |
Caoa Chery Tiggo 5X (HEV) |
355 |
Caoa Chery Tiggo 8 (PHEV) |
287 |
BYD Song Plus (PHEV) |
205 |
Toyota RAV4 (HEV) |
176 |
Land Rover Discovery (PHEV) |
170 |
Audi Q5 (PHEV) |
157 |
Porsche Cayenne (PHEV) |
152 |
Fonte: ABVE