Quilômetros rodados: cuidado para não cair em golpes!
Comprar um carro seminovo ou usado pode ser uma ótima opção, mas é preciso estar atento a alguns golpes comuns no mercado. Um deles é a adulteração dos quilômetros rodados. A quilometragem do carro é medida por meio do hodômetro, e é possível fraudar os n
Quilômetros rodados: cuidado para não cair em golpes!
Comprar um carro seminovo ou usado pode ser uma ótima opção, mas é preciso estar atento a alguns golpes comuns no mercado. Um deles é a adulteração dos quilômetros rodados. A quilometragem do carro é medida por meio do hodômetro, e é possível fraudar os números. Estimativas apontam que 30% dos carros usados do Brasil têm quilometragem adulterada.
Antes de seguirmos, tenha em mente que, segundo pesquisas de mercado, um carro roda em média 12,9 mil quilômetros no primeiro ano. À medida que vai envelhecendo, a média tende a baixar cerca de 400 quilômetros ao ano.
Antigamente, o medidor era mecânico, podendo ser fraudado em minutos. Há algumas décadas, é digital, tornando mais difícil a atuação dos criminosos – sim, é crime, previsto no artigo 171 do Código Penal. Mas não impossível. Contudo, a alteração de um hodômetro eletrônico deixa marcas, pois ele está integrado a uma central de controle que registra todo o histórico do veículo.
Essa central é a Unidade de Controle Eletrônico (ECU, sigla em inglês). A ECU é capaz de registrar e armazenar diversas informações sobre o funcionamento do carro, com o objetivo de facilitar o diagnóstico de eventuais problemas. Na maioria dos modelos, o equipamento também registra a quilometragem real, mesmo que tenha sido alterada no painel.
Cerca de 35% dos veículos comercializados no país possuem a central eletrônica bloqueada para leitura desses dados. Mas, na maioria deles, é possível acessá-los com um scanner específico.
Especialistas dizem que nos modelos menos modernos, a estratégia não é 100% segura para conferir a quilometragem. É preciso avaliar outros componentes do carro para ter certeza de que a quilometragem foi ou não adulterada.
Manual do proprietário, pneus e conservação
Uma das formas mais simples de começar a investigação é pelos carimbos das revisões feitas nas concessionárias, presentes no manual do proprietário. Avalie se os intervalos entre as revisões correspondem com a quilometragem informada no painel do carro. Por exemplo, como um carro pode ter rodado 27 mil quilômetros, se a revisão de 50 mil quilômetros, registrada no manual, foi realizada há seis meses?
Outra maneira eficaz de verificar a autenticidade da quilometragem é por meio dos pneus. Sua vida útil normalmente varia entre 40 e 60 mil quilômetros. Portanto, se no painel estiver marcando um valor baixo, o carro ainda deverá estar com os pneus que saíram de fábrica. Ou seja, todos da mesma marca, modelo e data de fabricação.
O estado de conservação do interior do veículo também entrega o quanto o carro já rodou de verdade. Itens como bancos, manopla de câmbio, pedais e nível de desgaste do volante estão entre os principais a serem analisados. Em um carro com até 50 mil quilômetros, mais ou menos, o desgaste é quase nenhum. Ou seja, desconfie de carros que apresentam muito desgaste interno, mas que apontam baixa quilometragem.
Com um pouco mais de atenção, você pode verificar, por meio das rodas, o desgaste dos discos e pastilhas de freio. Discos gastos apresentam rebarbas em suas bordas, o que, geralmente, fica mais evidente a partir dos 40 mil quilômetros.
Mecânico de confiança e veículo certificado
Se você ainda não se sentir seguro com relação ao usado ou seminovo que está comprando, mesmo após fazer uma checagem, o ideal é levar o veículo a um mecânico de confiança.
O Portal de Seminovos Toyota trabalha com usados e seminovos da marca e multimarcas. Os modelos Toyota e Lexus, com oito anos ou 100 mil quilômetros rodados, que fazem parte do Programa Seminovos Certificados Toyota, passam por rigorosa inspeção, garantindo uma compra tranquila e sem surpresas desagradáveis.